quinta-feira, 9 de junho de 2016

A cultura do estupro

Diante de tanto noticiário diário que relata casos de estupros, resta-nos indagar os motivos. Que leva uma pessoa, em pleno século XXI, a optar por atacar uma pessoa e a violentar? Se isso ocorresse lá no passado, quando ainda havia a disseminação da ideia de opressão do macho sobre a fêmea (embora igualmente detestável) causaria menos estranheza. Mas nos dias atuais, excluídos os casos de demência, que esses requerem tratamento, o estupro não se justifica.

Vem das eras antigas. Quando um exército batia o outro, os homens violentavam as mulheres do povo subjugado para impor sua etnia e extinguir a do adversário. Depois vieram as guerras e seus troféus carnais, os assaltos e suas dádivas libidinosas e, por fim, a violência dentro da própria casa. E parece que esse pesadelo não tem mais fim. Já tão avançada em seu progresso a humanidade não consegue reverter essa prática animal.

Não há uma explicação plausível para justificar que um homem ataque uma mulher e a force a fazer sexo com ele. E ainda mais incompreensível é imaginar que esse mesmo homem sinta prazer em ver alguém ali com nojo de seu ato.

Onde está o alicerce dessa cultura do estupro? Ele precisa ser estudado com cuidado para que consigamos reverter um quadro assim medonho e perturbador para a sociedade como um todo.

Um ato de carinho, de doação mútua entre parceiros é o que se espera do relacionamento consciente entre dois adultos. O que foge disso lamentavelmente faz parte da escória da sociedade e deve ser expurgado – pelo tratamento, pela educação ou pela força para servir de exemplo.

Adriano Curado

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